quarta-feira, 5 de março de 2014

Em Construção

Se construir é um processo continuo, diário. Isso é nítido certo?
 

Porém, de nada vale se construir se não conhecemos a nossa história. Ou melhor, se não conhecemos a nossa representatividade. Para isso, é necessário olhar-nos quanto seres autônomos e construtores de nossas vidas.
 

Essa história tem que ser vista não apenas da ótica coletiva, mas também, dos aspectos individuais que te fizeram ser quem você é.

Minha primeira publicação no #OxentePreta é para nos fazer refletir sobre o nosso papel. Claro que não vou dá uma resposta para esta pergunta (e nem pretendo isto), mas a partir de minha experiência de alto reconhecimento que ainda está #EmConstrução pretendo trazer reflexões a cada leitor/a.
 


Tudo se inicia quando estamos na fase de alto reconhecimento. Para isso, me inspiro em Egnaldo Rocha, Pesquisador, quando afirma que “a nossa consciência apresenta-se como o resultado de uma elaboração interna em um determinado grupo”. Como meu grupo era o seio familiar, assim como a maioria da população, me restou apenas ouvir, acatar e permanecer inerte.
 

Isso foi importante? Demais.
 

Foi neste espaço que comecei a refletir sobre alguns pensamentos, dentre eles, a minha cor e o meu corpo.
 

Por exemplo, eu sou negro, alto, cabelo crespo e magro. Durante muito tempo fui levado acreditar que sou inferior por possuir tais características. Então me titulava moreno, não deixava o cabelo crescer e entrei na academia para ganhar massa muscular. Isso é errado? Claro que não. Mas hoje vejo que estas atitudes não eram para me tornar uma pessoa melhor, pelo contrário, era para negar uma história que estava viva em minha cor.
 

Negar-nos, por incrível que pareca, é o mais normal possível. Fazemos isso dia a dia quando consumismos aquilo que a mídia nos impõe ou modificamos os nossos traços físicos para seguir um padrão de beleza.

Somos lindos do jeito que somos. Magros ou gordos, altos ou baixos, negros ou brancos. A sociedade nos apresenta de diferentes formas e é ai que encontra-se a tal “beleza brasileira”.
 

Somos múltiplos e belos em sua essência e esta precisa ser exposta de maneira natural. Quando você se reconhece a sua alto estima aumenta consideravelmente, o que garante em você mesmo, olhares diferenciados.
 

Quero trazer a tona uma reflexão que só você pode fazer. Para isso, se olhe no espelho e pergunte para sua mãe e sua avó, seu pai ou seu avô, sobre você. Conhecendo os seus antepassados, você se conhecerá.
 

Lembre-se, VOCÊ é um reflexo de você mesmo. Agora eu pergunto: quem é VOCÊ


Um comentário:

  1. nossa é muito complicado pra mi falar desse ser negro,pois graças a deus eu tive uma formação étnica racial maravilhosa. apesar disso tudo eu me deixei levada, em um breve momento por um padrão de beleza que nos torna escravo do consumismo e nos descaracteriza como negros. porem eu ache o caminho pra o bom seno e a real aceitação do ser negra e tou aqui par parabenizar um dos muitos exemplos e ate influencia pra mim tomar esse caminho de volta, pois foi dele que eu ouvir a seguente frase "O MEU CABELO É A MINHA IDENTIDADE" e isso me fez vez referir e buscar as minhas origem, obrigado Wesley Lima... eu sou e sem pré serei uma preta com muito orgulho da minha cor e da minha etnia. valeu negro RETADO...

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