quinta-feira, 17 de abril de 2014

Pensando em Identidade


Olhares, interrupções, agrados e desagrados. São detalhes predominantes na visão daqueles que carregam consigo a marca da resistência e da luta libertaria.

Para além dos traços raciais, que determinam nossas relações e nosso condicionamento diante da sociedade, a estética negra vem a tona como uma poderosa ferramenta que atrelada a uma postura representativa resignifica nossa identidade.

Quando usamos um turbante por exemplo, não estamos apenas utilizando um objeto estético que é considerado bonito por muitos, mas sim, construindo um sentido diante da imagem que queremos passar.

Então, isso é estilo? Pode ser. Mas, não é apenas isto.

Já comentei diversas vezes aqui sobre o processo de construção identitária referenciada em nossas posturas. Tendo em vista, as atitudes que perpassam os interesses e representações de nós quanto seres individuais e coletivos.

Falar sobre você é falar também sobre o que você veste. Já que a procura de se alto afirmar como “algo” é constante e encontra-se sub exposta em nossa aparência.

Trazer uma reflexão sobre estilo e moda, não é meu objetivo aqui, mas sim pensar junto com vocês o poder da estética em nossas relações.

Vocês já pararam para pensar na importância do #OxentePreta? Segundo o editorial do Blog, a Preta denomina-se como “um movimento da valorização afro”. Os aspectos dados nas relações contemporâneas afro descendentes se interligam com um processo histórico ancestral vigente em culturas africanas.

A história nos nega essas relações socioculturais e isto se constrói de maneira racista na sociedade diante de um sistema que determina padrões de beleza.

Negar-nos é alimentar o racismo, a hipocrisia e os estereótipos que nos inferioriza como negros.

VAMOS PENSAR NISTO !?


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