- Existe um tipo de amor que só os negros possuem.
Existe uma marca no peito que só os negros vêem.
Existe um Sol cansativo que só os negros resistem. -
Éle Semog
A expectativa dada por Ela baseava-se na procura de uma identidade que ainda não estava alicerçada em seu ideal. “Certo dia, meio que involuntário, me perguntei, por quê não?”.
O corte do cabelo, retirando toda a química, conhecido como “Big Shop” é dado como um processo doloroso e difícil. Já Carine encarou todo este momento como um passo que resignificaria sua imagem e traria a tona uma representativa que vai além dos estereótipos de beleza.
“Lembro como se fosse hoje, as pessoas me paravam na rua para perguntar que loucura foi essa que eu fiz. Eles afirmavam: - seu cabelo está muito diferente, ficou estranho. As crianças perguntavam: - por que você fez isso tia?”, destaca.
Um novo olhar
Percebemos como é nítido que o processo de entender-se como sujeito negro e reafirmar essa postura, não é apenas uma decisão que perpassa os interesses particulares de uma pessoa, pelo contrário, se envolve neste ciclo todo âmbito familiar e afetivo.
Olhar-se, compreender-se, analisar-se é uma construção social. O que somos hoje é um reflexo de uma aprendizagem anterior. Porém, este momento, envolve também a maneira como nossa formação (ideológica) determina novos valores.
Vivemos em uma cultura de brancos. A beleza negra é inferiorizada, junto com nossa cultura e religião. Para comprovar essas afirmações pesquise os livros de história e você verá que todo o nosso processo de construção quanto negros, foi arrancado de nós pelas chibatas, fome e mortes.
Entender esta construção histórica é perceber como esses aspectos refletem a nossa postura quanto NEGROS hoje.
O racismo
“O racimo existe e somos prova disso. Eu sou Afro-Descendente. Esta é minha raiz. Quando uma pessoa não respeita nossa história e não consegue entender a maneira que nos expressamos através de nossa estética, descriminando, isso é racismo”, enfatiza Carine.
Para além das questões de cunho discriminatórios raciais, Eliden fala também da mídia como poderosa ferramenta de alienação e subversão de valores.
Ela acredita que moramos num país com mistura de cores, raças e personalidades, “não existe um único padrão de beleza, mas os meios de comunicação estão aí exatamente para pregar a individualidade e uma única forma de se ver e se considerar bonita ou bonito. A beleza faz parte de nossa história, somos um reflexo dela. Devemos nos emancipar quanto negros”, enfatiza.
Dialogando com todas/os que acompanham as publicações do Oxente Preta, Eliden Carine, com o seu lindo cabelo crespo e personalidade única, acredita que amar-se é primeiro passo para assumir-se.
“Se você possui uma opinião formada, sobre quem você é, o que as pessoas irão dizer não significará nada para você. O que é construtivo precisa ser somado a este momento de transição, aquilo que não agrega nenhum valor a sua vida, jogue fora sem pensar duas vezes. Use as críticas construtivas para estar levantando sua alto estima, porém, o mais importante é você se amar”, conclui.
Eliden Carine e EU* |
Olá, me chamo Silvânia Alves, conheci a página do Oxente Preta através do Facebook e me encantei pelo trabalho de vocês, gostaria de poder entrevista-los, estarei viajando este mês e retornarei dia 08 de julho, mas se houver interesse entre em contato comigo.
ResponderExcluirAguardo contato!
Para conhecerem meu blog: http://detudoumpouco28.blogspot.com.br/
Que lindoOoOo
ExcluirVai ser um prazer enorme contribuir.
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